Foi de carro que a minha vida tomou um rumo diferente.

Quando já andava de pé, quis voltar a sentar-me ao volante.

Disseram-me muitas e tantas vezes que não iria conseguir devido ao estado em que ficaram as minhas mãos.

Mas eu sentia que sim, que era possível.

Continuei em busca da renovação da carta de condução.

Depois de ter conseguido a renovação contra muitas expectativas, questionavam-me se não tinha medo de voltar a conduzir.

Um pouco surpreso perguntava:

Porque é que terei que ter medo?!

Porque sofrera um acidente era normal que sentisse um pouco de medo.

E quando nós começamos a dar os primeiros passos de caminhada, não caímos?! E várias vezes. E mesmo assim, deixamos de caminhar?!

É óbvio que muitas vezes sentimos medos, mas eles existem para serem enfrentados!