Entro eu no ginásio, onde comecei a treinar à uns dias atrás, dirigi-me ao bar, pela primeira vez, para tomar um café. Aquela dose de cafeína necessária para realizar um bom treino.

A senhora que me atendia, sempre bastante sorridente, dava um ar de simpatia e por sinal bastante contagiante.

Perguntou-me se eu me iria sentar um pouco, mas eu respondi que não. Queria apenas tomar o café para iniciar o meu treino.

Depois de tirado o café perguntou se tomava com açúcar ou adoçante, respondi açúcar. Prontamente pegou numa saqueta.

Caminhou em direção ao balcão enquanto com uma mão segurava a chávena e com a outra sacudia a saqueta do açúcar. Ao chegar colocou a chávena mesmo em frente a mim, sorriu e perguntou:

“Posso colocar o açúcar?”

Como poderia eu naquela situação negar tal gentileza?

Sorri e respondi:

“Sim, por favor!”

Reparei o quão feliz deixei aquela senhora. Isso deixou-me igualmente feliz.

Já no meu treino, enquanto usava um dos aparelhos, senti uma mão no meu ombro esquerdo. Olhei e vi uma mulher que me perguntava:

“Posso cumprimenta-lo?”

Fiquei um pouco embasbacado. Podia ser alguém que já tivesse conhecido e que, de repente, não estivesse a reconhecer.

Antes que eu pudesse responder exclamou que eu lhe havia melhorado o dia naquele instante.

Eu não havia feito nada de especial a não ser apenas treinar. Igual a tantos outros que ali se encontravam.

Mas aquilo fez com que uma pessoa mais saísse de ao pé de mim com uma expressão de felicidade.

Fiquei a pensar e a refletir sobre aqueles dois momentos de uma sexta-feira 19.

 

 

Por vezes tão pouco pode espalhar tanta magia.

Que não nos faltem dias mágicos!